terça-feira, 5 de julho de 2011

Neymar se diz pronto para ser o ídolo da seleção. Será???

Com a aposentadoria do Fenômeno, inicia-se a caça a um novo ídolo do futebol nacional. Nada mais natural, se tratando de um país apaixonado por futebol. Se os nossos vizinhos argentinos têm a certeza de que Messi é o substituto de Maradona, não estamos tão convictos assim quanto ao nosso "herói". Que o garoto tem habilidade é inquestionável. Mas sejamos sinceros, ele precisa amadurecer muito para que não se torne outro Robinho, jogador com jogadas individuais diferenciadas sem competência para manter o nível de craques do futebol internacional. Mais do que isso, é preciso assessorar o garoto para que ele mereça chegar a esse patamar. Não seria a primeira vez que um grande jogador teve uma carreira prejudicada por indisciplina, vaidade, desrespeito a regras e superiores. Parece difícil, mas meu desejo e de todos os brasileiros é que eu quebre a cara e finalmente Neymar encante a todos nessa Copa América e, principalmente, na Copa de 2014. Mostrando ao mundo novamente o que é uma seleção brasileira de futebol.


Abaixo entrevista feita pela Placar:

Depois de marcar o gol que abriu caminho para tricampeonato do Santos na Libertadores, e se firmar de vez como sucessor de Robinho e Pelé na Vila Belmiro, Neymar parte para a sua primeira prova de fogo com a seleção brasileira: a Copa América, que começa na próxima sexta-feira, na Argentina. Em entrevista à PLACAR, o craque se diz pronto para assumir o papel de astro na seleção, avalia sua ascensão meteórica como celebridade e limita as comparações com David Beckham apenas ao famoso corte de cabelo.


Você encara a Copa América como o seu grande teste com a seleção brasileira?Eu acho que é um grande teste não só para mim, mas para todos os jogadores se firmarem.

O fato de ter ido bem nos primeiros amistosos sob o comando do Mano Menezes te deixa mais confiante para o torneio?Com certeza. Tenho trabalhado bastante para estar na seleção, mas são as minhas atuações pelo Santos que me dão mais confiança para ir bem na Copa América.

No Sul-americano sub-20, você era o destaque do Brasil e terminou a competição como artilheiro. Ter enfrentado boa parte das seleções que estará na Copa América foi um bom estágio?Realmente eu pude sentir o quanto é complicado vencer um torneio continental. Tem craque jogando em quase todas as equipes. A Copa América não vai ser diferente.

E a disputa da Libertadores com o Santos serve como uma prévia mais clara do que vem pela frente na Copa América?Ajuda bastante, né? Deu para pegar um pouco do estilo de jogo de equipes do Uruguai, da Venezuela, da Colômbia…


Quais são as diferenças entre o estilo de jogo desses países e o futebol brasileiro?Não vejo diferença nenhuma. O que muda é o idioma. O futebol é o mesmo em qualquer lugar.

Você enfrentou marcação pesada nos amistosos contra Argentina e Holanda. O que fazer para não ficar preso na retranca das grandes seleções?Times como o da Holanda marcam bastante e fecham os espaços muito rápido. Isso dificulta o jogo do Brasil, que é de toque de bola, de “um-dois”. A marcação é mais forte, mas eu gosto de enfrentar os grandes.

Qual a importância da conquista da Copa América no seu plano para ser eleito o melhor jogador do mundo, mesmo sem ainda atuar na Europa?Vai me ajudar bastante. Eu penso sempre em jogar e conquistar os melhores campeonatos do mundo. E a Copa América certamente está entre eles.

Hoje, aos 19 anos, você já é o protagonista da seleção. Com tanta responsabilidade nas costas, você não tem medo de carregar sozinho o peso por ser “o cara” do time?De jeito nenhum. Desde pequeno, sonho com a seleção, em ser um ídolo. Eu sempre me preparei para isso.

É verdade que você quer se tornar uma espécie de “Beckham brasileiro”, como fenômeno da bola e do marketing?Eu quero é jogar futebol, marcar meus gols e conquistar títulos. O sucesso fora do campo é consequência. Com o Beckham, a única semelhança é o cabelo moicano mesmo. O resto não dá pra comparar [risos].

Todo esse sucesso como popstar e garoto-propaganda também fazia parte dos seus sonhos quando criança?Sinceramente, não. Eu não tinha noção de tudo o que o futebol proporcionava. Mas agora estou começando a entender que jogar bola envolve vários outros trabalhos por fora, que são importantes e precisam ser feitos. Quando era pequeno, eu não sabia disso. Para mim, o negócio era só jogar futebol.

Mas é bom ser famoso…Ah, mas é bom!


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