De acordo com o vereador do PR, a proposta que concede até R$ 420 milhões em incentivos fiscais para a obra fere o princípio constitucional da impessoalidade. "O que vemos é um claro favorecimento a uma empresa bilionária e a uma agremiação esportiva", afirmou o parlamentar, por meio da nota. "Não há garantias que um estádio de futebol possa beneficiar a saúde, a educação e a segurança da zona leste." Aurélio Miguel informou que encaminhou ao prefeito Gilberto Kassab uma lista de questionamentos a respeito da obra.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Marcos Cintra, discorda do vereador e, em sua apresentação a respeito da construção, disse que o estádio em Itaquera vai criar "um vetor primordial para fomentar o desenvolvimento na zona leste". Pelo PL 288/2011, a Prefeitura paulistana abre mão de até R$ 420 milhões em arrecadações futuras, valor que, conforme o secretário, é pequeno se comparado aos benefícios econômicos e sociais que o empreendimento traria à região, uma das mais populosas da capital. "Precisamos pensar no longo prazo. A cidade e a zona leste sairão ganhando bastante", disse.
Segundo ele, o incentivo apenas será concedido se o estádio do Corinthians for confirmado como local de abertura da Copa do Mundo, decisão que deve ser anunciada pela Fifa até o final de julho. "Tudo aparentemente estaria caminhando para São Paulo ter a abertura", afirmou Cintra. A previsão é que o PL seja levado à apreciação dos vereadores da CCJ na terça-feira de manhã. Se aprovado, o texto já estará pronto para ser levado ao plenário no mesmo dia. Para valer, a proposta de incentivos fiscais deve passar por duas votações no plenário.
Fonte: Paraná Online